“Passar trote para serviço de emergência é crime”. A mensagem ouvida sempre que alguém liga para a Central de Operações da Polícia Militar (COPOM), através do número 190, parece não ser compreendida por parte da população de Mossoró/RN. Ocupar uma linha de emergência, impossibilitando o socorro de alguém que realmente precisa de ajuda, é apenas um dos prejuízos causados pelo trote às corporações que fazem a segurança pública no segundo município do Rio Grande do Norte.
Além do prejuízo ao erário e à comunidade, praticar trote aos serviços de emergência como Polícia Militar, Corpo de Bombeiro ou SAMU pode trazer consequências penais à pessoa, a qual incorre em crime por comunicação falsa, prevista no artigo 340 do Código Penal. No caso da ligação ser praticada por menor de idade, quem responde são os pais ou responsáveis pelos terminais telefônicos de onde originou a chamada. Todas as ligações atendidas pelo COPOM são gravadas e armazenadas na própria central.
Para se ter uma dimensão da problemática, de acordo com o banco de dados do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (CIOSP) na última semana a central de emergência da Polícia Militar que atende o município recebeu 4.747 ligações. Destas, apenas 10% se transformaram em ocorrências. Além dos trotes, também existem as pessoas que ligam pro 190 pedindo informações que vão desde o contato de um hospital até a localização de uma estatal como a COSERN, por exemplo, e que terminam por dificultar o atendimento para quem realmente se encontra em situação de urgência.
Medidas recomendadas para reduzir o numero de chamadas indevidas ao 190:
- Deixar telefones fora do alcance das crianças;
- Monitorar as chamadas do celular dos adolescentes;
- Não compartilhar informações de procedência desconhecida;
- Conscientizar crianças e adolescentes sobre punições e consequências do trote;
- Para auxílio à lista tefônica ligar 102 ou buscar na internet;
- Denúncias sobre crimes que enseje investigação ligar 181 ou 981499906 (Whatsapp).
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